Texto referente ao post de Sábado, 27 de Setembro de 2008
Aborto! Palavra que causa polêmica nos dias de hoje. O termo abortar deixou de ser uma questão religiosa ou jurídica. Agora, trata-se de algo moral, que expõe o valor ético a uma evidência jamais vista.
A atual discussão, com relação ao aborto em casos de anencefalia, ganha cada vez mais destaque na mídia e no cotidiano da população. Um dos aspectos, que é digno de uma discussão com opiniões extremamente heterogêneas, é o fato de quando começa a vida do feto. Existem várias correntes que defendem seus respectivos ideais sobre o início da vida. Infelizmente, nenhuma delas é capaz de provar a sua versão concretamente. Isso, de fato, é quase impossível. Tratando-se de uma discussão entre doutores no assunto, fica difícil apontar qual ideal está correto ou não. Além disso, fatores culturais e religiosos são extremamente relevantes em casos de aborto.
Desde sempre, interromper uma gravidez é algo, no mínimo, complexo. Nos casos de anencefalia há, ao menos, um fator de grande importância: o feto não sobreviverá. Esse fator é indispensável para se concluir que “nascer para morrer” talvez não valha à pena. Talvez não valha a pena vir ao mundo para abandoná-lo em pouco tempo. Talvez não valha a pena nascer, sabendo que esse destino é irreversível. Talvez o mais sensato a se fazer é deixar que a mãe, a geradora dessa vida comprometida, possa decidir o destino mais adequado para o seu futuro filho.
Viver é divino e nascer é mais que precioso. Mas, nessas circunstâncias, o sentido da vida se desfaz, ofuscando a beleza de existir e desluzindo a extraordinária face do “nascer para viver”.
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