Natal. Palavra que nos remete a face cristalina da solenidade máxima do Cristianismo. Palavra que exprime os valores da vida envoltos na divindade de Cristo. Palavra que, acima de tudo, representa o alicerce do amor ao próximo, a aceitação de Jesus como o Salvador em nossos corações. Mas, também, palavra que hoje se perde no sentido que nós a deferimos. Um sentido que esvaiu-se de todo o fundamento do verdadeiro espírito natalino. Para a maioria de nós humanos, o que importa é o que sentimos, o valor festivo e capitalista que atribuímos a essa data. O sentido real? Esse, para muitos, não importa mais...
O final do ano chega e traz consigo o longevo comportamento das pessoas, que ficam rendidas a imensa compulsão de comprar presentes e preparar as cerimônias de confraternização. O capitalismo e os valores materiais se sobressaem perante a profundidade de Cristo para nós. Mas como são fúteis os esforços mundanos e a valorização material defronte à maior de todas as grandiosidades: o sacrifício de Um por todos. Devemos agradecer e valorizar esse presente de Deus, assim como, usufruir dessa dádiva em toda sua plenitude. Devemos confiar em Cristo, pois confiança é fruto de um relacionamento em que sabe-se que é amado. Saibamos que somos amados e aceitemos o Seu amor.
O verdadeiro sentido do Natal está embasado no amor ao próximo. Somente valorizando nossos semelhantes é que podemos valorizar Cristo. Apenas valorizando Cristo é que podemos disseminar todo o narcisismo presente na humanidade.Mas não basta dar valor. É preciso compreender e vivenciar o sentimento que o nascimento de Jesus busca representar. Devemos fazer uma reflexão à cerca da nossa concepção de Natal. É certo que podemos qualificar o nosso entendimento do Natal como um pecado, mas Deus não precisa castigar as pessoas por esse pecado à sua divindade. O pecado torna-se o próprio castigo, posto que devora as pessoas no seu interior. Olhar para si mesmo, enxergar e aceitar nossos erros, é um bom começo para a redenção.
Aprecie este Natal que se aproxima como ele deve ser apreciado. Viva a palavra de Cristo em seu coração. Acenda sua chama interior com o fulgor dos ensinamentos de Jesus e respire o autêntico ar de viver. Afinal, "De nada adianta Jesus ter nascido em Belém se o Cristo não nascer no coração de cada um de nós".
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